quinta-feira, 21 de agosto de 2014

VOLTEI!!!

Não, eu não abandonei o blog. É que o João entrou numa fase tão gostosa que resolvi aproveitar para aproveitá-lo (rs) nesses últimos dias antes de retornar com tudo ao trabalho.

Bom, nossa fase negra passou kkkk. É, o muro de lamentações acabou (assim espero). Bom, vou contar com calma. Eu fiquei muito, muito deprimida depois do parto, porque o João era uma criança diferente. Ele chorava além do normal e tinha um refluxo que, bom, vocês já sabem. Com isso, eu fiquei muito deprê, porque eu tentava de tudo, tudo mesmo, acho que só não fiz macumba. Então eu ficava me culpando e só ouvia "é normal" dos médicos. A tal da culpa materna é a maior causa de choro de bebês podem acreditar, pois a mãe fica tensa, cansada, apavorada.

Depois que passou a fase do "é normal" do corpo médico (acho que passei por uns 20) e eu finalmente descobri o que ele tinha e tomei as medidas cabíveis, pronto, acabou o problema do dia pra noite do tal choro, sabe por quê? Simples, porque eu finalmente relaxei. Sei lá, eu sabia que era uma condição complicada e que demandaria tempo e paciência, mas finalmente eu sabia o que havia de errado e aquela sensação de carregar o mundo nos ombros foi embora e finalmente percebi que eu era a principal causadora da irritabilidade do João. Ele sentia todo meu cansaço, minha ansiedade. E mesmo ainda tendo sintomas da alergia alimentar múltipla (hoje não tem mais nenhum sintoma), o choro diminuiu muitooo.

Entramos numa fase zen, de sorrisos, gargalhadas, novas descobertas.

Se o João largou do peito? NÃO. Ele é bem dependente ainda, mas tamo indo rs, já aprendi a comer direito e sei que o esforço valerá a pena, tenho fé que no seu aniversário de 1 ano a gente vá se lambuzar de brigadeiro e ele vai poder comer quantos danoninhos quiser kkkk (sim, eu vou dar danoninho, bolacha recheada, chips - tudo com moderação claro - quero criar uma criança normal). E ele já toma algumas mamadeiras, então, muito lentamente estão diminuindo as mamadas do peito hehe.

É isso. Logo venho contar dos dentinhos. Foi uma fase sofridinha pra ele, tudo dentro da normalidade, mas sofrida. Fazer o que né? Tem que passar por isso, sem dente que não pode ficar rs.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

AMAMENTAÇÃO, ATÉ QUE PONTO?

Hoje, novamente estou a cá no muro das lamentações kkkkkkk...

Desde que descobri a alergia alimentar do João, a coisa ficou caótica. Dieta, "dedetização" da cozinha, dos utensílios, etc... Fiz tudo, restringi tudo, na realidade fui até meio xiita de tão radical. O ponto é que mesmo com todos os esforços a coisa não funcionou. Se o caso fosse só o meu sacrifício, honestamente acho que estaria disposta a enfrentar, mas não adiantou. Era choro pra mamar, mamando e após mamar. Vômitos, cólicas, irritabilidade e o ganho de peso continuava caindo - resultado: fórmula especial.

Aí comentei esse fato em um grupo do face de qual participo e fui duramente criticada com comentários: "acreditamos que só a dieta estabiliza", "só ganho de peso não é importante, importa é a saúde, não peso", "bebê gordo não é sinal de saúde", "nem todos o bebês tem o biotipo pra ganhar peso sempre", "dá suplemento vitamínico que fórmula não nutre", etc.

Ok, eu fiz o comentário no grupo errado, já que era grupo voltado exclusivamente para amamentação, mas foi uma coisa que me levou a pensar. Até que ponto a amamentação deve ser levada a ferro e fogo? Olha, concordo plenamente que cada bebê é único e possui biotipo exclusivo, que bebê gordo nem sempre é saudável, que a dieta pode sim estabilizar as reações alérgicas, mas que fórmula não nutre? Aí já é demais e chega a ser um argumento ridículo.

Imaginem o que seriam das mães que por algum motivo não podem amamentar? Teriam bebês subnutridos? Ah! Não, pois é só dar suplemento vitamínico. Afff... Pelo amor, desde quando suplemento supre as carências de nutrientes? Eles servem como auxiliar aliados a uma alimentação adequada. Ok, eu poderia aliá-los a amamentação, mas até quando eu vou ter que esperar a dieta fazer efeito e ver meu filhinho sofrer e esperar ele perder peso para daí eu ter um bom motivo pra recorrer à bendita da fórmula?

Até quando vamos viver um faz de conta? Até quando, mesmo em situações como a minha, médicos, sociedade, amigos, familiares vão enfiar a marteladas na cabeça das mães que só pode dar o peito? Fazê-las se sentirem mal, fracassadas, incapazes só porque oferecem outro leite ao bebê que não o materno?

A maioria das mães oferece leite artificial para os seus filhos por algum motivo, não por um  simples capricho ou por ser muito mais fácil, o que a meu ver não é, já que preparar a mamadeira de madrugada pra mim é um saco e esterilizar então? E mesmo se fosse por pura opção da mãe, qual o problema? O filho é dela, a vida é dela e cada uma sabe de si. Opiniões são toleráveis, críticas são dispensáveis.

Ah! Mas leite materno previne alergia. Tudo bem, mas o que mais eu vou ter que cortar pra obter a estabilização, os pulsos? É melhor uma mãe fraca, doente, estressada, culpada e preocupada a uma fórmula infantil? Estou com minha consciência tranquila, pois sei que fiz o que pude, ultrapassei todos os meus limites, chorei, pedi pra Deus me mostrar onde errei, não descobri, então transferi todo meu amor para a mamadeira e ainda assim tenho certeza que terei um bebê feliz.

Leite materno é ótimo, mas não é garantia de cura de doenças e muitos bebês criados no leite em pó são muito saudáveis e se curaram de alergia igual.

Vamos nós eu, João e a mamadeira muito felizes!

domingo, 1 de junho de 2014

DESESPERO DE MÃE

Andei meio sumida nesses dias, mas tenho meus bons motivos.

O João não estava lá muito bem nos últimos dias e confesso que ando cansada, desestimulada e triste, pois nada que eu faça melhora a situação dele. Os três meses chegaram, passaram, já se foram os 4 e nada do meu bebezinho ser "normal". Chora excessivamente, tem cólicas horrendas e o refluxo, ah! Meu Deus, o refluxo!

Estou cansada de ser criticada por pessoas que só sabem me dizer que sou neurótica, que estou procurando doença do meu filho, que vou demais em médico e não entrego pra Deus meus problemas. Ora e Deus não inventou os médicos justamente pra nos ajudar?

Estou cansada da falta de apoio familiar que não entende muito bem o que estamos passando e acham que tudo é exagero, que pessoas dizendo que tem certeza que ele não tem isso ou que ele tem aquilo e me desestimulando a procurar tratamento correto e depois vem dizer: coitadinho, como chora, o que será que ele tem? Mas você não acabou de dizer que tem certeza que ele não tem isso ou que ele tem aquilo lá? 

Estou farta de pessoas vindo com as mesmas frases: mas esse aqui deu trabalho também até não sei quantos anos... Ah! Você não sabe o que eu passei... Quero que vá pro raio que o parta, pois eu realmente não sei o que você passou e sinceramente não quero saber e saiba que você também nunca vai saber o que eu passo, porque cada um é diferente. E meu filho não me dá trabalho, me dá preocupação, pois eu sou mãe e sei que bebês de 4 meses não fazem manha, ele está é desconfortável e infelizmente não sabemos por que, o que sei é que meu bebê não está nada bem e peço a Deus força a todo momento para aguentar firme e que seja o que for, algo simples ou complexo que possamos descobrir pra que ele seja tratado corretamente.

Estou de saco cheio de indicações de simpatias e benzedeiras, de pitaco sobre o que eu devo ou não fazer, como meu filho gosta de ser segurado, de como fazer ele pegar a chupeta para parar de chorar. Eu sou a mãe (com o perdão da expressão) porra, eu sei como meu filho gosta de ser segurado e que ele odeia, simplesmente odeia chupeta e se ele não para quieto em nenhuma posição é porque não está bem.

Estou cheia de pessoas olhando pra mim na rua enquanto ele chora e balançando a cabeça como se estivessem dizendo: que merda de mãe. Teve até uma (desculpa a expressão novamente) vagabunda de uma senhora que veio me perguntar o que eu estava fazendo no supermercado com o meu bebê chorando daquele jeito, que lugar de criança chorona é em casa. Fui obrigada a responder na patada, depois ainda perguntam por que o povo é tão mal educado? Senhora cretina, quando saí de casa meu filho não estava chorando e não é porque ele chora que posso parar minha vida, ninguém vai fazer o que eu preciso que seja feito por mim, deve ser alguma velha amargurada, solteirona e sem filhos, ou de certo teve uma merda de vida infeliz.

E sim, eu vou em quantos médicos forem necessários, se necessário for, vou até pra Lua, pra Plutão, afinal de contas, sou eu que tô pagano ora bolas e enquanto eu não estiver satisfeita, vou continuar indo...

Ah e eu estou sem comer fora, estou sem comer nada com leite, ovo, trigo, soja e mais algumas cositas sim e não me venha com o velho papo de "mas ah! Eu não acredito  que não existe leite fraco e se você não comer esse monte de coisas não vai ter nada pro bebê tomar". Leite fraco vai é sair da sua *&#% e tem muita opção pra substituir todas essas coisas é só querer.

Beijinhos =P


sábado, 24 de maio de 2014

DIREITOS DA GESTANTE:PRÉ PARTO, PARTO E PÓS PARTO

Hoje o post é informativo, para aquelas que não tem seu bebezinho nos braços ainda, para aquelas que pretender ter filhos ainda, ou aquelas que pretendem ter outros e desconheciam seus direitos.

Como contei no meu relato de parto, meu direito à acompanhante foi suprimido pela pressa do anestesista. Pensei muito se deveria processar o hospital, mas honestamente os meses com o João em casa foram bem cheios e não tive tempo de mexer com nada disso, mas a vontade é de processar sim, ainda mais pelo modo como as coisas aconteceram.

Gestantes, é DIREITO seu ter um acompanhante no pré-parto, parto e pós parto e saibam que o acompanhante é de livre escolha da futura mamãe, podendo ser de qualquer sexo. Enquanto gestante, fui me informar nos hospitais sobre a política de acompanhantes e fiquei besta em ver que quase todas as maternidades não permitiriam meu marido como acompanhante e em um dos hospitais, além de não permitirem acompanhante do sexo masculino, não permitiam que o acompanhante dormisse no hospital, alegando que não tinham estrutura.

Somente a maternidade em que tive o João permitia o pai como acompanhante, inclusive com cartaz bem grande na recepção citando as leis que garantiam esse direito a gestante. Só que esse hospital era minha última opção, por vários motivos, mas em vista do ocorrido, acabei optando por ele mesmo.

O pior ainda, foi ouvir da administração das demais maternidades que desconheciam a Lei. Pode isso? A Lei é de 2005 minha gente e os hospitais tinham até meados de 2006 para se adaptar. Então não adianta dizer que não tem estrutura, que não pode homem, pois outras mulheres poderiam ficar constrangidas, não tem desculpa, eles já tiveram bastante tempo para se adaptar a nova situação.

Mesmo tendo esse direito garantido, eu fui lesada nesse quesito, pois eu fiquei na maternidade para agilizar os papéis da internação enquanto meu marido vinha em casa para pegar as malas que felizmente já estavam prontas e o obstetra, um amor de pessoa disse que iria esperar, porém o anestesista foi um *&#$, estava com pressa para um compromisso pessoal e blábláblá e não aceitou esperar e foi mandando a enfermeira me levar para o centro cirúrgico sem nem mesmo eu ter assinado a papelada na recepção, pois a moça ainda estava providenciando.

Meu marido chegou pouco depois que entrei e eu perguntei se o deixariam entrar. A instrumentista disse que poderia entrar sim, mas o anestesista não permitiu a entrada, porque disse que já estava quase acabando, logo depois disso o João nasceu mesmo, mas mesmo assim acho que não deveriam ter barrado meu marido, ele tinha seu direito de ser o primeiro a pegar nosso filho. E eu não podia nem reclamar, já que eu estava nas "mãos" dele, pois qualquer complicação (e eu já tinha ouvido falar de muitas por causa da anestesia, que graças a Deus não tive) ele é quem viria em meu socorro.

A pior parte foi quando ele entrou com a filha dele no centro cirúrgico para mostrar o bebê a ela. Fiquei hiper fula naquele momento. Uma criança, sem roupa esterilizada ali vendo meu filho e a mim sendo "fechada", nos submetendo ao risco de uma contaminação por bactérias e meu marido lá fora tendo que esperar, queria sair da maca e voar no anestesista, mas me contive, só que até hoje fico frustrada quando lembro do momento do parto.

Pra que vocês não tenham a mesma frustração que eu, exijam seus direitos. A lei 11.108/2005 garante a todas as gestantes acompanhante. A Lei a que me refiro trata somente do SUS, vocês vão dizer, mas a ANS e a ANVISA já regulamentaram a mesma para que ela seja amplamente válida para convênios e operações particulares.

- Lei 11.108/2005 - garante à gestante o direito a um acompanhante de sua livre escolha no pré-parto, parto e pós-parto.

- RN 262 ANS de 1° de agosto de 2011 (no artigo 2° altera o artigo 19 da RN 211) aplicando-se o direito ao acompanhante em hospitais particulares.

- RDC n° 36 ANVISA de 3 de junho de 2008, item 9.1 garante direito ao acompanhante em hospitais conveniados.

Boa hora pra vocês futuras mamães!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O CAOS DO PRIMEIRO MÊS

Os primeiros dias do bebê são os mais difíceis, tanto pra ele, quanto pra nós, mamães e papai.

Eu sempre pensei que ia me desesperar quando viesse pra casa e ficasse sozinha com o bebê e a coisa não foi nada do jeito que eu imaginei... Neste contexto, a coisa foi bem pior kkkk.

Quando chegamos em casa eu não sabia nem o que fazer, sentei a bunda no sofá e fiquei observando aquele serzinho minúsculo no bebê conforto ao meu lado e me bateu um desespero: Meu Deus, e agora? Comecei a chorar copiosamente e me perguntar o que eu faria e me senti absolutamente incapaz de me mover... E olha que na maternidade eu fui bem ativa, fazia tudo, as enfermeiras não tiveram o mínimo trabalho com os cuidados básicos e só entraram em cena quando tinham que fazer os exames de rotina mesmo... Até pra amamentar elas me deixaram na mão.

Só que em casa, o cenário mudou, eu fiquei absolutamente desesperada. Quando me dei conta de que tinha um filho meu, que eu teria que cuidar a coisa foi ficando caótica e eu só chorava. O bebê chorava e eu danava a chorar junto kkkkkkkk. Pra exercer meu primeiro papel de mãe independente, decidi dar o primeiro banho em casa e até que eu dei banho direitinho, não fiquei com medo, nem nada.

Mas a coisa apertou mesmo na amamentação. O leite não vinha, bebê chorava, eu estava dolorida da cesárea e dormir era artigo raro nessa casa. E minha vida se resumia a dar banho, trocar fraldas, dar de mamar, por pra arrotar e ninar o nenê.

O primeiro mês foi sem tirar o pijama, o banho era de 5 minutos e olhe lá e as sonecas (quando eu conseguia tirar) eram de 30 minutos, 45 no máximo. Acreditem ou não, fui no posto de saúde dar a vacina BCG de pijama e havaianas, com o cabelo desgrenhado, mas não foi de propósito. eu estava tão, mas tão cansada que só me dei conta da situação quando já estava lá e pensa na vergonha que eu fiquei hahaha. E meu marido, mui amigo heim, nem pra me avisar kkkk.

Ir ao banheiro ou comer? Isso aparentemente se tornou supérfluo.

Até que um dia resolvi seguir o conselho de outras mães, levantei, tirei o pijama, escovei os dentes, arrumei o cabelo e me maquiei. Desde então, mesmo com todo choro, todo o cansaço e falta de sono, as coisas mudaram e eu acostumei com a nova rotina.

Hoje não sinto tanto essa mudança, especialmente com relação ao sono, por isso pessoal respirem fundo e repitam comigo: vai passar!

terça-feira, 20 de maio de 2014

MODERNIDADES

Quando começou a cair a ficha que eu iria ser mãe, a primeira imagem que me vinha a cabeça era eu amamentando um bebezinho lindo, aquela cena maravilhosa, num cenário perfeito e eu com uma cara felicíssima. Claro que essa cena nunca se reproduziu na vida real e eu apenas fiquei divagando sobre ela na remembers' land (terra das recordações).

O fato é que não há um equilíbrio entre os conceitos antigos e contemporâneos e eu moderninha que sempre pensei ser já tinha enfiado na minha cabecinha que iria fazer só o que a pediatra autorizasse, o que incluía amamentação exclusiva e muita paciência basicamente, já que hoje em dia eles são contra quase tudo e, por incrível que pareça, mesmo sendo médicos, são contra medicação, a não ser em casos extremos.

Então eu decidi que daria apenas peito... e pensava que minha vida até os 6 meses do João seria "peitando" kkkk. Que nada, basta o filho nascer que a gente muda totalmente de opinião, até porque eu já estava ficando sem peito para "peitar" kkkk. Há quem esteja convicta e decidia a não mudar de opinião, obvio, cada mãe sabe de si, mas eu fui logo tratando de me adaptar e criar o tal ponto de equilíbrio.

Pra pediatra não podia chá, remédios homeopáticos, naturais, etc... Pois é, chá, massagenzinha com óleo, remedinho caseiro, funchicórea e blábláblá... Dei tudo. Algumas coisas adiantaram, outras não, mas valeu a tentativa. Aliás, não entendo porque não pode nada, já que antigamente todas as nossas mães, avós, davam e eu nunca fiquei sabendo de nenhum bebê que morreu ou que teve problemas por causa disso. Tudo bem, tudo bem, sei que já foi provado que amamentação exclusiva é o melhor para o bebê e acho isso muito lindo e cheguei muitas vezes a me sentir uma fraca por não conseguir seguir isso a risca, mas hoje vejo que fiz o melhor que pude e obtive resultados satisfatórios na maioria das vezes, então não, não me arrependo.

E não vi nenhuma dificuldade por isso em continuar amamentando. Meu bebê sempre amou o peito, e olha que ele já tomou muita mamadeira de chazinho e até leite artificial (esse sim eu desconjuro e me arrependo imensamente de ter dado), pois o chazinho eu dei para resolver um problema existente (cólicas e gases), já o leite artificial foi por uma neura de mãe em achar que meu filho chorava de fome, problema esse que nunca existiu. E, sim, causou certa confusão de bicos, mas olha, em nenhum momento ele quis largar o peito, pelo contrário, ele procurava, as vezes pegava errado, mas logo acostumou que bico de mamadeira é bico de mamadeira e bico de peito é bico de peito, até que finalmente encontraram o vilão para a causa das cólicas e elas começaram a amenizar e não precisei mais dar mamadeira nem de chá e hoje eu finalmente amamento exclusivamente.

Bem, e o que essa mãe neurótica quis dizer com tudo isso?

Quis dizer que não existe certo ou errado e cada mãe tem um instinto. Por mais que a OMS, Ministério da Saúde, Conselho Pediátrico Nacional digam que conduta A é certa e B é errada e por mais que as pessoas deem conselhos, pitacos, quem sabe o que é melhor pra si e para o bebê é a mãe. Confie em si mesma e não se sinta incapaz se você tinha uma convicção antes e depois que efetivamente virou mãe mudou de opinião. Mães são camaleões em constante mutação para se adaptar ao que é melhor pra sua prole.

domingo, 18 de maio de 2014

O PRIMEIRO DODÓI

Que as mães tendem a ser trágicas com relação a seus filhos, isso todo mundo já sabe. E não é por que elas desejam que algo aconteça, claro que não né? É um reflexo exagerado da preocupação.

Quando descobri a gravidez do João e imaginava as dificuldades que enfrentaria com ele sempre me vinha a mente nariz escorrendo, tosse, espirro, febre, choro manhoso kkkk... Ledo engano, graças ao bom Deus que me deu um filho com uma saúde de ferro e em termos de pulmão o meu pequeno é forte. Ele tem lá suas particularidades, mas nada que fuja do que é normal, ou pelo menos comum na infância e com o tempo vamos retirando as pedras do caminho.

E como criança atípica que é, o João não teve febre, nem espirros, tosse, "ranho" (kkkk que nojo!) e sim uma porcaria de uma infeliz de uma infecção urinária que, a priori, foi assintomática. De repente ficou chorãozinho novamente, agitado, dormindo quase nada e brigando com o peito. Nem sequer me passou pela cabeça que poderia ser infecção urinária, já que ele tinha feito exame uns dias antes e não havia acusado nada.

Mesmo assim, a médica doida resolveu pedir novamente o exame. Digo médica doida, pois não curto muito ela, por ser exagerada demais, mas desta vez ponto pra ela, pois o exagero dela nos fez descobrir a razão pela crise de irritabilidade, já que a paz havia começado a reinar na nossa casa antes desse episódio fatídico. E eu achando que era um retorno das cólicas, me vi dentro de um filme de terror, onde o assassino que aparentemente estava morto, retorna para assombrar os personagens novamente. E as cólicas aqui foram verdadeiras assassinas: de noites de sono, de dias tranquilos, de bom humor de bebê, e assim vai...

E lá fomos nós cuidar do primeiro dodói do bebezinho... E a médica doida, exagerada que é, disse que por ser menininho devemos investigar, pois menininhos dificilmente tem infecções urinárias, o que pode indicar má formações do aparelho urinário. Felizmente descartamos essa possibilidade e mamãe está se martirizando até agora, perguntando-se onde foi que errou, já que outro fator pra essa "coisa" é a má higienização da genitália.

Mas voltando, fomos cuidar do primeiro dodói, antibióticos dados rigidamente nos horários marcados e lá vem o efeito colateral e como sempre, a pancinha do João é quem paga o pato: dor abdominal - consequência? Bebê urrando de dor. Falo que ele é atípico, pois o sintoma mais comum é a diarreia, só que nossa traseira continua trancada rs e dispepsia e dor abdominal estão entre os sintomas menos relatados (pela bula né, porque a pediatra disse ser comum)... Todavia, tem que dar o remédio, fazer o que? Então mamãe teve que voltar a exercitar sua paciência (que diga-se de passagem é bem pouca) e esperar mais essa fase passar.

E vamos nós esperando o primeiro dodói curar!


quinta-feira, 15 de maio de 2014

A SAGA DA AMAMENTAÇÃO

Amamentar é um ato de amor? Ah! É sim, com certeza, até porque requer muita determinação e paciência.

Quando o João nasceu, ele foi quase que imediatamente para o quarto comigo. A enfermeira disse que logo iria voltar ou que alguém do berçário iria me ajudar a colocar o baby a mamar. Eu, claro, rata de internet, já havia lido que bebê tem de mamar logo que nasce e resolvi não esperar ninguém pra colocar meu pequerrucho no peito. Sorte a nossa. Só que a posição que eu estava na maca não ajudava muito e por isso o João não pegou o peito, dava meras lambidas e já se irritava.

E quem disse que alguém apareceu? Sempre que eu e meu marido perguntávamos para algum enfermeiro que passava, eles diziam para não nos preocuparmos, pois o bebê tinha reservas e que logo alguém iria me ajudar. Que nada, deu o horário de eu levantar e tomar banho e ninguém veio.

Após o banho começou o horário de visitas, mas eu me sentei bem bela e faceira na cadeira ao lado da maca e botei o João no peito, sozinha, e o danadinho fez a pega correta e não teve preguiça, foi logo sugando, graças a Deus, claro que as visitas queriam ver e pegar o João, mas eu não podia deixá-lo mais tempo sem mamar, acho que os primeiros visitantes sentiram um pouco de frustração, mas ninguém reclamou, pois sabiam da importância.

Eu tinha bastante colostro, mas o João mamava 5 minutos e cansava e claro, dormia e na primeira noite quem disse que ele acordava denovo? Dormia profundo... Um enfermeiro passou no meu quarto e pediu pra não passar de 2 horas sem colocar no peito, mas não tinha Cristo que fizesse aquele menino acordar, nem tirando as roupas e eu claro estava ficando desesperada.

Também, o sossego acabou ali rsrs, no dia seguinte, dali João chorar de hora em hora pra mamar e eu podre de cansada e por mais que digam que se fizer a pega correta não dói, tudo mentira (que as mamães de primeira viagem não leiam isso, sem susto gente), dói pra cacete, arde, fica sensível, na hora de tomar banho a água que cai no mamilo parece agulha e a toalha parece ter espinhos, mas tudo bem, porque ele estava mamando e apesar dos pesares, eu não tive rachaduras.

A coisa foi começando a ficar caótica, o leite propriamente dito não descia, o João tinha fome e eu estava cozida, a única coisa que eu queria era uma noite inteira de sono, que é óbvio, até hoje eu ainda não tive kkkk... Até que enfim o leite desceu, mas como não fui bem orientada, o peito encheu demais, ingurgitou, o João não dava conta da demanda, ixi, um sufoco e logo veio a mastite.

Como nada abaixava a febre e os medicamentos não estavam fazendo efeito por via oral, lá fomos nós para o hospital passar mais uns dias, quanto sofrimento. Nem vou relatar o que fizeram comigo no hospital, porque a coisa foi tão feia e o papo é longo, assunto para um outro dia.

Só sei que foi nesse dia que dei a primeira chuquinha de fórmula infantil pro João que tomou 50 ml e dormiu 4 horas seguidas faceiro. Lembro de ter chorado muito ao dar aquela chuquinha, mas a dor era quase insuportável, sem contar que depois que vi que ele dormia com o leite artificial tentei mais algumas vezes, mesmo com muita dor no coração, mas o benditinho não aceitou mais, queria peito mesmo. Tentei algumas fórmulas, lembro de ver meu extrato bancário e ver um número absurdo de idas a farmácia que se destinavam apenas a comprar leite artificial. Até que um ele aceitou, o tal Nan Comfor, tomava e dormia, mas quando acordava, Deus do céu, parecia que tinha dado um nó nas tripas do menino de tanta cólica. E quem foi que disse que esse leite ajudava o intestino... Jesus, ele ficou 7 dias sem fazer cocô e eu entrando em pânico.

E se arrependimento matasse, eu estaria morta, pois provavelmente foi nessa época que o bichinho desenvolveu alergia às proteínas do leite. Resolvi então dar apenas peito, mas a essa altura ele estava habituado a receber sagradamente todas as noites sua mamadeira morninha, foi um sufoco até ele aceitar somente o peito denovo, que nesse ponto estava rachado, dolorido, machucado, pois ele fazia confusão de bicos por causa da mamadeira e não fazia a pega correta mais. Lembro de um dia chorar e dizer que simplesmente não aguentava mais, pois leite materno é de fácil digestão e ele acordava muito durante a madrugada pra mamar.

Mas resolvi insistir, insisti, insisti, insisti, até que a dor aliviou, mas o João chorava muito, tanto que eu pensava que era fome e não cólica, pois era quase o dia todo e aí veio o diagnóstico da alergia ao leite... Oh! Céus! O que mais poderia acontecer? Sabem aquele ditado: "Nada é tão ruim que não possa piorar"? Pois é, além do leite de vaca, ele desenvolveu uma reação cruzada à soja e se mamãe que já estava acostumando com a amamentação, até curtindo a parada, teve que entrar numa dieta de restrição de leite e soja... E vamos combinar, o coisa difícil de se fazer, absolutamente tudo que industrializado tem leite ou soja, quando não tem os 2 juntos. Se alguém souber de produtos isentos desses itens, please, me ajudem.

Veio a frustração, negação, depressão, pois eu sinto fome minha gente e ficar vivendo de arroz, legumes e frutas não tá com nada e botar a mão na massa nunca foi meu forte. Aí veio a ideia de desmamar, mas o leite especial custa uma bagatela de R$170 (menor preço encontrado na cidade, na internet se acha mais em conta), faz as contas: 1 lata = 2 dias * 170... O orçamento infelizmente não suporta e até conseguir que o governo libere, haja paciência e lá vamos nós no aleitamento materno exclusivo, em dieta de restrição, felizmente o peito não dói mais né?

E quem ainda acha que amamentar é mero ato de alimentar seu bebê, repense. Se não fosse muito amor, ninguém, nenhuma mãe enfrentaria essa batalha.

Beijos!

domingo, 11 de maio de 2014

DIA DAS MÃES!!!

E daí que papai não é um exímio cozinheiro e foi almoçar na casa da vovó? E daí que a mamãe não pôde almoçar? Primeiro Dia das Mães, é primeiro Dia das Mães e deve ser lembrado pra sempre! E olha só o presente que o João ajudou o papai a escolher pra mamãe rs, uma linda camisa, mas vai vamos creditar o bom gosto todo ao papai rs.


sábado, 10 de maio de 2014

NÓS E A ALERGIA AO LEITE DE VACA

Não teve jeito, mesmo não tendo melhora de todos os sintomas com a dieta de restrição de leite de vaca e derivados, o João foi diagnosticado com a talzinha. Isso porque apesar de não melhorar todos os sintomas, ele obteve uma melhora significativa e os sintomas demoram de 4 a 8 semanas para sumirem após o início da exclusão. Difícil né?

Bom, aproveitando, vou relatar um pouquinho sobre essa coisa que tomou nossas vidas. Alergia às proteínas do leite de vaca é uma resposta do sistema imunológico à uma proteína desconhecida, no caso às do leite de vaca, podendo causar, dentre outros sintomas, diarreia, cólicas, vômitos, dermatite, irritabilidade, perda de peso, sangue e muco nas evacuações e, na pior das hipóteses, choque anafilático. A boa notícia é que ela geralmente é transitória em bebês que tornam-se tolerantes a elas com o passar do tempo. É diferente da intolerância à lactose, que é a dificuldade do sistema gastrointestinal de metabolizar o açúcar do leite (a lactose), por falta ou quantidade insuficiente da enzima lactase, nesse caso não há cura e os sintomas são somente no sistema digestivo.

A APLV é bem chatinha de ser tratada, já que ela exige a exclusão de todo leite e derivados da alimentação do alérgico, inclusive, deve-se tomar cuidado com cosméticos que contém leite em suas fórmulas. Se não bastasse isso, a coisa é tão séria que não se pode ingerir nada, absolutamente nada que tenha entrado em contato com o leite, por exemplo, você utilizou uma forma para fazer uma deliciosa lasanha e depois assou batatas nela, esquece, o alérgico não pode comer, pois a proteína ainda pode ser encontrada no refratário, aliás, madeira, plástico e acrílico devem ser abolidos da cozinha, já que mesmo com uma limpeza pesada as proteínas podem ficar encalacradas.

Sair para comer fora? Jamé! Comer na casa de parentes e conhecidos? Também não, obrigada. Viajar se torna uma batalha. E nesse caso, como mamãe que amamenta exclusivamente no peito, quem tem que se submeter a dieta sou euzinha.

O problema é que à ida ao supermercado se torna uma saga, pois a gente tem que ler todos os rótulos de cabo a rabo e ainda fica na neura de que pode estar ingerindo as proteínas, já que no nosso lindo país, não existe lei regulamento às indústrias a destacar ingredientes alergênicos. E a gente bem sabe que as mesmas compartilham maquinário para produzir uma série de produtos, se antes de produzir o seu produto sem leite, eles produziram algum da linha "contém leite", já era, também não pode comer. Tá vendo a dificuldade de ser alérgico ou mãe de alérgico?

Ainda tem o fato de comercializarem esses produtos "especiais" por preços absurdos. Um simples pacote de biscoito de 40 g isento de leite e derivados sai pela bagatela de R$5,00. Faz as contas, no fim do mês sai um absurdo. Existem receitas em que o leite é substituído, mas demanda tempo e quem tem um bebezinho em casa, sabe bem que tempo é uma coisa escassa.

E a neura de respirar alergia o dia inteiro? Tomar todo cuidado pra nada que a mãezinha aqui coma não ter o menor contato com o leitinho nosso de cada dia, estressante. Correr para lavar as mãos e se limpar no mínimo contato acidental.

Esta é a nossa realidade, temos que enfrentá-la, mas é bem difícil. Ainda estou alternando momentos de "tenho que ser forte e superar" com "estou farta, não sirvo pra isso", ainda mais para quem amamenta e sente uma fome de leão e é nessas horas que a tristeza aperta, pois já estamos cansadas, com poucas opções alimentares e ainda temos que ficar nos restringindo. Só que o João não tem culpa e precisa de mim.

O pior de tudo é pensar no futuro do meu pinguinho de gente. Tendo que tomar cuidado com tudo, não vai poder ir na festinha do priminho ou do amiguinho, não vai poder comer na casa da vovó, se lambuzar com aquele ovão de chocolate na páscoa, devorar um pacote de biscoitos pelo simples prazer de comer... Por isso espero em Deus que a cura venha o mais rápido possível.

Sem contar que essa coisa faz a gente se sentir nula. Vida social é um item raro né? Tudo tem que ter comida envolvida, se divertir se torna um tormento.

Como diziam os antigos, o que não tem remédio, remediado está. Vamos vivendo nossos dias esperando que eles se tornem menos maçantes. E que Deus nos ajude!

terça-feira, 6 de maio de 2014

ITENS DE ENXOVAL: NECESSÁRIOS E DESNECESSÁRIOS

Como toda mamãe de 1ª viagem, quando descobrimos a gravidez queremos sair comprando todas as lojas da cidade e quando vemos já pendemos ao exagero. Pois é, depois a gente descobre que muita coisa nunca vai usar, seja porque não é útil, seja porque não vai dar tempo (caso de muitas roupinhas).

Na minha pequena experiência, posso dizer que não lembro de algo que não usei de jeito nenhum, mas teve coisas que usei muito pouco, como por exemplo o kit higiene. Até tentei ser firme no hábito de limpar o bumbumzinho do neném com algodão e água morna, mas dá muito trabalho e no primeiro mês a gente tá podre, tem que economizar tempo mesmo.

Quanto às roupinhas, muita gente me pergunta se usei muitas roupas RN, se o bebê usou logo P e assim vai. Isso varia muito do tamanho que o bebê nasce e afirmo também que depende da marca/forma em que a roupa foi confeccionada. O João hoje, no auge dos seus 3 meses e meio ainda usa algumas roupas de tamanho P e está começando a entrar no M. Mas ele usou RN por bastante tempo e quando nasceu, apesar de ter um tamanho na média, ficava sobrando roupa e faltando bebê.

Outra coisa que me arrependo de ter comprado muito cedo, pois deveria ter esperado estar em uma situação financeira melhor e comprar um modelo diferente, foi o carrinho, pois os carrinhos clássicos da Burigotto, Galzerano, Chicco, etc, são enormes e se precisar levá-lo no porta malas pode esquecer de levar outra coisa, porque não cabe, especialmente se o porta-malas do seu carro for pequeno como o meu.

Kit berço, outra coisa que comprei porque fiquei maravilhada em ver aqueles berços impecavelmente arrumados, mas que nunca usei, serviu apenas como item de decoração antes do João nascer para tirar fotos, depois disso, fiquei com medo dele sufocar naquelas almofadas, dizem que os recém-nascidos não se mexem, não conheceram o João então.

As roupinhas eu sou da opinião que devem ser compradas sob demanda. Comprei muitas roupas tamanho P e quase nada RN, pra não dizer que não comprei nada, comprei o primeiro macacão que ele usaria e a saída de maternidade só. Por sorte ganhei alguns conjuntinhos RN de amigos, foi a salvação pras primeiras semanas, depois usei P mesmo sobrando.

Meias, fraldas de boca, fraldas de tecido, comprem bastante... Usa-se muito e perde-se muito rs.

As fraldas descartáveis eu também acho que devem ser compradas sob demanda. Não só por causa do tamanho, mas também pela adaptação do baby. Amigas me diziam que as fraldas Huggies Turma da Mônica eram as melhores e que odiavam a Pampers. Comprei vários pacotes e ganhei muitos da Huggies, usei sim, mas odiei (que as pessoas que me deram essas fraldas não fiquem ofendidas rs). A fralda vazava, não se adaptava ao corpinho, enquanto as Pampers foram simplesmente maravilhosas, sem dúvidas as melhores até hoje. Mas cada bebê é único, tem que ver se não vai dar alergia, vazar, etc, etc... Quanto aos lenços umedecidos, esses também devem ser comprados após serem testados no bebê. Felizmente o João não teve reação a nenhum, nem aos mais vagabundos, mas o que achei supra sumo da coisa foi o Pampers Sensitive, porque não tem cheiro e nem é tão úmido.

Toalhas de banho, deem preferência as toalhas fralda, são as melhores e muito macias pra secar a pele finíssima do bebê.

Banheira com trocador e suporte. Gente, elas são T-U-D-O. Muita gente acha frescura, mas eu asseguro, adoro aquela bendita, é absolutamente útil, obrigada ao pessoal que fez a vaquinha e me deu, pois eu simplesmente amo ela e é muito boa para os primeiros dias se a mamãe tiver passado por uma cesárea.

Bebê conforto sem frescura, leve, e sem base fixa, porque nos primeiros dias é muito mais prático carregar o bebê nele e quanto mais apetrecho, mais pesado e aí minha amiga, cansaço e respiração ofegante na certa.

Almofada de amamentação, sério, comprem até mais de uma, porque esse foi o item que mais usei rs, os braços cansam muito. A minha já está encardida e surrada kkk.

Nada de estocar itens de higiene peloamor, shampoos e sabonetes duram uma eternidade, perfumes, talcos, creminhos não são recomendados até os 3 meses e o condicionador até os 6 meses.

Berço desmontável, muito bom e super recomendo, pois pode-se levar pra qualquer canto da casa e nas viagens e você não quebra a rotina do bebê, pois ele vai sempre dormir no mesmo lugar, só não no mesmo ambiente, mas não dá pra ter tudo né? Rs. Depois ele vira chiqueirinho pra deitar e rolar rs.

Kit de bolsas, esse é um item indispensável, deve ter a mala e duas bolsas uma grande, outra média, pois vocês vão ficar impressionados com a quantidade de coisas que um bebê necessita ao sair e mais impressionados ainda com o volume que elas ocupam.

Jogo de quarto com o maior número de portas e gavetas que couberem no espaço que você tem disponível e que você possa pagar. No início achei o quarto do meu filho monstro de tão grande. Em pouco tempo muitas portas e gavetas foram sendo ocupadas e daqui a pouquinho vem a fase dos brinquedos e já temos onde armazenar hehe.

É isso, alguém tem alguma coisa pra compartilhar, diz aí se concorda ou discorda.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

RELATO DE PARTO

Olá pessoas!

Disse que eu postaria meu parto um dia aqui e lá vai... Não foi nada muito emocionante rs, foi bem tranquilo.

Quando estava com 35 semanas e 6 dias, fiz o que deveria ser minha última ultrassonografia, pois o João estava marcado para nascer dali 3 semanas com 39 semanas. Eis, no entanto que minha placenta estava em grau III. Ok, nada para se preocupar, grau de placenta não quer dizer muita coisa quando analisado isoladamente. O grande problema é que o João havia estacionado um pouco seu ganho de peso. Estava no percentil 50, ótimo, porém não estava acompanhando o esperado desde a ultrassom anterior.

Dito isso fiquei desesperada, pois achei que ele poderia ficar sem oxigênio, já que a placenta é responsável por levar nutrientes e oxigênio para o feto e se não estava mais levando nutrientes, já que ele não estava ganhando tanto peso, o oxigênio também estava diminuindo. Fui à consulta com o obstetra totalmente apavorada, mas, ele como um anjo me acalmou e disse que só precisaria de maior acompanhamento e que o bebê estava bem (foi a mesma coisa que a médica do ultra disse, porém só fiquei 100% tranquila quando meu médico disse isso).

Fui fazendo cardiotocografia e ultra a cada 3 dias para verificar. Engraçado é que a placenta estava grau 0 apenas 2 semanas antes, amadureceu muito rápido. Meu obstetra era um dos adeptos à teoria de que quanto mais avançado o grau da placenta, mais amadurecido o pulmão e, portanto, bebê pronto pra nascer, já que o pulmão é o último órgão a "ficar pronto". E, não sei se isso tem fundamento, mas deve ter, pois com 33 semanas estava com muitas, muitas cólicas e contrações e tive risco de parto prematuro (nunca descobrimos a causa, simplesmente naquela semana o João Le resolveu que ia se agitar) e fui parar no plantão, o médico com medo de eu parir dali algumas horas resolveu me receitar 4 injeções de Celestone Soluspan para amadurecer o pulmão do bebê e parece que após a injeção a placenta amadureceu em velocidade máxima, felizmente foi só mais um susto e depois desse episódio, não tive mais nenhum contratempo até o nascimento, a não ser o susto com o grau da placenta né?

O fato é que o bebê não ganhava mesmo muito peso nas ultras e com 35 semanas estava com 1 cm de dilatação, mas o obstetra disse que só precisava mesmo de acompanhamento e disse que ele poderia chegar as 39 semanas. Ok, mantive a calma e esperei.

Com 37 semanas e 5 dias, um sábado qualquer, o João, que vivia me fazendo reproduzir aquela cena asquerosa do filme Alien em que a barriga da mulher se mexe parecendo uma gelatina, resolveu dormir a long time. Mexia na barriga, cantava, colocava musiquinhas, comi chocolate, sorvete, nada e assim foram 3 horas, até que decidi ir ao PS, mas enquanto trocava as roupas, lá vem novamente a cena do filme Alien kkkk. 

Fiquei tranquila e fui fazer uma faxina na casa que estava uma zona, foi aí que veio a primeira dor. Foi forte e tive que parar o que estava fazendo e me sentar. Meu marido todo preocupado ficava me perguntado mil coisas, que nem lembro, só disse pra ele que iria descansar um pouco, que não era nada, já havia passado (e havia mesmo) e que logo terminaria, mas ele me proibiu e até ameaçou me amarrar na cama kkkk.
Passei aquele dia e a noite sentindo dores nos quadris e cólica leve. 

No dia seguinte, como intuição de mãe não falha (e como meu obstetra já havia dito que qualquer sintoma era pra correr pra maternidade), decidi que ia ver o que estava acontecendo e fui ao PS sem tomar café (no fundo eu já imaginava que era chegada a hora). Cheguei lá, relatei o ocorrido para a plantonista e ela basicamente me mandou tomar buscopan e ir embora, pois aquilo era normal. Claro que eu não aceitei aquilo e disse que queria meu médico, foi então que ela decidiu fazer o terrível, mas necessário exame de toque e para nossa surpresa estava com 4 cm de dilatação, havia começado o trabalho de parto.

Por sorte meu obstetra estava no hospital fazendo um outro parto e logo que terminou já foi mandando eu me preparar pra cesárea (fiz cesárea por opção sim, cada um sabe de si e o que aguenta e eu não quis enfrentar as dores do parto, ponto final). Nisso meu marido foi buscar as coisas do bebê e minhas e eu, que achei que iria ficar morrendo de medo, apavorada, estava numa paz, tranquila, ansiosa pra ver logo meu bebê.

O problema começou quando o anestesista chegou, pois ele estava com pressa e disse que tinha compromissos e não esperaria meu marido chegar, se eu quisesse teria que esperar outro anestesista. Claro que eu não iria esperar, sabe-se lá que horas teria outro anestesista. Optei então por ficar sozinha no centro cirúrgico, o que foi frustrante, queria muito uma foto daquele momento.

Não senti picada de anestesia, não senti dor e logo ouvi aquele choro, ou melhor berro, as injeções para os pulmões realmente fizeram efeito. O João Alessandro nasceu perfeito e saudável no dia 26/01/2014 às 11hs55min, com 3.045 kg e 48 cm.

Seis horas depois do parto eu estava em pé, não tive gases, enjoos, nem dor de cabeça, andei, saracoteei e não senti nada demais kkkk, inclusive no 5° dia subi em uma cadeira para ajustar o termostato do chuveiro e fui pega no pulo kkk... Levei a maior bronca do maridón hehe. 

Foi assim que o amor da minha vida veio ao mundo...

Bjoks.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

TIPOS DE CHORO

Todo mundo diz que a mãe sempre sabe porque o filho está chorando, que elas conhecem cada chorinho.

Cheguei então a conclusão de que eu sou a mãe mais alienada do mundo, pois eu não sei porque meu filho chora e a primeira opção é sempre peito rs.

O único choro que eu aprendi a "reconhecer" foi o da cólica, mas isso porque dar o peito não adianta kkk. Ele até pega, mas fica se debatendo, chora, se contorce. Acontece que o choro do João é sempre gritado, não vimos ainda um chorinho manhoso, mais fraco, só os berros.

Pela manhã eu sei que o choro dele se dá por 2 motivos: fraldas sujas e fome. Ele é do tipo antipático, que você abre o sorrisão e dá bom dia e ele faz cara de "bom dia pra quem?" kkk. Também pudera né? 6, 7 horas de xixizadas na fralda que pela manhã está pesada e úmida e estômago oco já que o leite materno é facilmente digerido (sim, graças a Deus ele dorme a noite toda).

Bom, eu acerto em dois choros pelo menos né? Dizem que se a gente sanar o desconforto que eles estão sentindo: fome, frio, calor, fralda suja, sono, aconchego de mãe, o chororô cessa, será então que todos os choros do João é sempre fome? Fiquei preocupada agora. Eu tento tudo, trocar as fraldas, dar colinho, carinho, brincar, troco a roupa se vejo que está suadinho, ponho luvas e enrolo em um cobertorzinho se vejo que está geladinho, mas a única coisa que acaba com o berreiro é peito mesmo.

Confesso que fico até meio deprimida e me sentindo uma porcaria de mãe que não sabe como acalmar seu filho.  Sem contar que me sinto mesmo escravizada, já que nessa ele fica o dia todo no peito e não me dá muito tempo, ou melhor, nenhum tempo.

E a tão esperada chegada dos 3 meses, que dizem que as cólicas passam e o bebê mama mais rápido e espaça mais o tempo entre as mamadas, aqui parece que as cólicas pioraram e não tem essa de menos peito não.

Vejam bem, não quero reclamar, eu amo meu filho mais que tudo, mas é que sou humana e também tenho limites.

Bem, espero começar a reconhecer os choros do meu bebê e que Deus nos ajude!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

3 MESES E CÓLICAS!

Queria postar as coisas em ordem cronológica aqui no blog, mas parece que minha vida agora é falar de cólicas kkk.

O João sofre muito com essa danada desde que tinha 1 mês de vida, parece que isso faz uma eternidade, mas não faz, hoje ele tem apenas 3 meses rs. É que a exaustão que essa "coisa" causou aqui em casa foi feia, eu e meu marido achávamos que íamos parar no hospício, pelo menos lá a gente poderia descansar (egoísmo, nós sabemos, mas tudo que tentávamos não adiantava). Foram remédios e mais remédios, homeopatia, benzedura, reza brava, promessa pra tudo quanto é santo, remédio homeopático importado etc... etc... etc...

Foi então que a médica do João nos disse que poderia ser refluxo e não cólicas, pois ele chorava 20 horas por dia (tá tô exagerando, mas umas 12 horas, ah! Que ele chorava, ah! Chorava". Ótimo, começamos o tratamento para refluxo, 2 semanas e nada do tal choro passar, poxa mais com 2 semanas não era pra ter melhorado pelo menos? Ele regurgitava muito, muito mesmo, aliás regurgita até hoje, mas deu uma diminuída, era feia a coisa, tanto que ele não ganha muito peso.


Ok! É refluxo, mas ainda tem cólicas, pode ser APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca). Entramos em dieta de exclusão, mas a pedi do João não era especialista, então não sabia orientar muito bem quanto a isso e nos indicou uma gastropediatra, mas só conseguimos consulta para o mês seguinte. E como mal orientada que fui, exclui apenas o que tinha certeza ter leite, não me ligava nessa de rótulos, ingredientes que poderiam indicar a presença de leite, e assim vai... Perda de tempo né, pois é claro que o João não melhorou nada nesse meio tempo (ah! Vá, melhorou um pouco sim rs).

A gastro então nos indicou uma lista de coisas que eu não poderia ingerir e mandou maneirar em produtos a base de soja, afinal quem tem APLV pode desenvolver alergia à proteína da soja. Foi aí que vi que estava fazendo tudo errado, dieta de exclusão é literalmente exclusão, não pode nem um pouquinho. E logo veio a páscoa e eu meti o pezão na jaca e comi um chocolate. Pra quê? Um bebê que já estava chorando menos, apresentando menos cólicas e vomitando menos, voltou tudo denovo.

Então resolvi seguir a dieta a risca, sem deslizes e de quebra estava chegando o dia que o João completou 3 meses. Estava toda esperançosa que tudo ia se resolver e pra minha surpresa, mesmo em dieta de exclusão, mesmo maneirando em outros alimentos que poderiam dar gases, as cólicas resolveram aparecer e com mais intensidade, juro, foi assustador. Como ele estava tomando um novo remédio pra refluxo, logo pensei que era dele, mas não era. E assim seguiram-se os dias com cólicas intensas... No fundo eu fiquei até contente, pois sendo assim não é a tal alergia ao leite, já que estou 100% isenta, fiz uma limpa nos utensílios de casa, separei tudo que é meu e do João, pra não correr o risco mesmo. E a soja eu também não estou consumindo, no mesmo dia que comecei a dieta do leite, já troquei o óleo de soja por óleo de milho, evitei todos os produtos a base de soja, melhor garantir né?

Mas aí veio a pergunta, quando essas malditas cólicas vão embora? Uns dizem 3 meses, outros 4, outros 6... Fico apavorada de pensar que pode ir até os 6 meses.. Mais 3 meses vendo meu pequenino sofrer e eu cozida de tanto ouvir o berreiro (mãe também cansa gente).

Enfim, estamos esperando cada dia... Hoje, com 3 meses e 4 dias ele está muito bem. Dormiu quase a manhã toda (só acordou para mamar) e agora está tirando um cochilo, brincou com o vovô e o papai. Graças a Deus, esperamos que daqui pra frente seja assim.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A 1ª VIAGEM

Eu nunca pensei que encontraria algo sobre o que gostaria de escrever, falar, compartilhar, mas eis que me torno MÃE.

A maternidade realmente mudou minha vida. Virou de cabeça pra baixo, abalou as estruturas, redefiniu minhas prioridades, e todo aquele blábláblá que vocês devem ouvir o tempo todo das mães de primeira viagem. Mas é a mais pura verdade, muda tudo mesmo, só que, pra variar (vocês também ouvem/leem isso o tempo todo), não tem coisa melhor.

Não têm estresse que não acabe com aquele olhar doce bem no fundo dos olhos ou com aquele sorriso banguela espalhafatoso, mesmo depois de horas daquele choro non-stop. 

Pra começar vou contar um pouco sobre a grande descoberta e minha gestação. 

Bem, eu não esperava engravidar (um dia posto os motivos, conto em detalhes. Eu queria ser mãe, só não imaginava que conseguiria), mas o fato é que eu não me protegia fazia um bom tempo e a monstra vermelha sempre dando as caras com sua pontualidade britânica, um belo dia resolveu se esconder (por longos 9 meses). Nem me encanei, aliás eu nem fazia questão dela mesmo já que todo mês a TPM e as cólicas eram um verdadeiro tormento. 

Dias passaram e eu finalmente me toquei: tô bem atrasada. Maridão viajou, então encarei a realidade, corri na farmácia e comprei aqueles testes de tirinhas. Acham que aguentei esperar até o dia seguinte pra fazer com a 1ª urina? Que nada, já cheguei abaixando as calças e pegando um copinho descartável pra fazer xixi e molhar logo aquela tirinha minúscula. 5 minutos e apareceu uma linha tão fraca, mas tão fraca que eu desencanei, joguei fora e liguei no consultório da minha GO na época (aquela safada) marcar uma consulta pra descobrir porquê minha amiguinha não tinha dado as caras. 

Acordei no dia seguinte com uma cólica, parecia que meu útero estava se revirando e pensei, agora veio. Banheiro, xixi e nadaaa. Corri novamente na farmácia e comprei outro teste, desta vez um Clear Blue daqueles de palito, fiz por desencargo de consciência antes de tomar uma dose cavalar de buscopan com posto pra aliviar aquela cólica maldita. Vamos lá, denovo eu sentada, fazendo xixi no palitinho, passou a urina na marca onde deveria estar a linha de controle e uma linha azul mais forte, passando a urina pela linha teste e ela se coloriu de azul claro. OMG, eu estava grávida. Tremia inteira, chorava, andava pela casa sem rumo. Liguei pra GO que foi logo mandando eu fazer o tal Beta HCG.  

Fui no laboratório, colhi o o sangue e ao sair, resolvi antes dar uma passadinha no banheiro. Mancha de sangue na calcinha, logo pensei: que teste de farmácia mais furado e ainda vim levar picada. Passei na farmácia, pela enésima vez em 2 dias, comprei absorvente, fui trabalhar, almocei e voltei então no laboratório pra pegar o resultado do exame, já frustrada achando que era negativo. 

Entreguei o protocolo pra atendente que devia estar de mal com a vida, ou era fome mesmo, hora do almoço né? O que me chamou a atenção, no entanto, foi que de milhares de exames que fiz naquele laboratório, nenhum vinha lacrado, muito menos com uma fitinha rs. Abri o tal envelope na rua mesmo e quando vi aqueles números enormes acima de um POSITIVO imagino que devo ter ficado branca, cor-de-rosa, roxa, me faltou o ar, chão e até o vendedor ambulante veio em meu auxílio: Que cê tem moça? E eu com a voz embargada: Tô grávida moço. Ele me deu os parabéns e me acompanhou até meu trabalho. Abençoado seja, pois eu acho que teria desmaiado mesmo se não tivesse alguém pra me apoiar.

No meu trabalho, tentei me acalmar e liguei denovo desesperada, chorando pra GO, dizendo que tava perdendo meu bebê, pois eu tava sangrando. Cheguei no consultório dela em frangalhos, ela examinou, pediu vários exames e me passou medicação e repouso. Fui no mesmo dia fazer uma ultra pra saber se tava tudo bem com meu pinguinho e lá estava ele, um pontinho pulsando no monitor. Ai que emoção, não havia perdido meu bebê, ele estava lá, o sangramento ninguém conseguiu explicar, só relataram como normal e ele simplesmente passou.

A noite o mais novo papai do pedaço chegaria e é claro que eu fiz uma surpresinha pra ele, depois eu relato também, uma pena que esquecemos de tirar fotos. Mas digo de antemão que ele ficou super emocionado e todo bobo.

Minha gestação foi tranquila, tirando que eu tive ameaça de aborto com 13 semanas (só mais um susto, ufa) e comecei a sentir contrações com 33 semanas e tive que manter muito repouso pra não ter um parto prematuro. De resto só enjoos, dores nas costas, urgência urinária, etc.. etc... tudo normal...

É isso meninas... Logo venho contar mais sobre essa minha deliciosa vida de mãe.