quinta-feira, 21 de agosto de 2014

VOLTEI!!!

Não, eu não abandonei o blog. É que o João entrou numa fase tão gostosa que resolvi aproveitar para aproveitá-lo (rs) nesses últimos dias antes de retornar com tudo ao trabalho.

Bom, nossa fase negra passou kkkk. É, o muro de lamentações acabou (assim espero). Bom, vou contar com calma. Eu fiquei muito, muito deprimida depois do parto, porque o João era uma criança diferente. Ele chorava além do normal e tinha um refluxo que, bom, vocês já sabem. Com isso, eu fiquei muito deprê, porque eu tentava de tudo, tudo mesmo, acho que só não fiz macumba. Então eu ficava me culpando e só ouvia "é normal" dos médicos. A tal da culpa materna é a maior causa de choro de bebês podem acreditar, pois a mãe fica tensa, cansada, apavorada.

Depois que passou a fase do "é normal" do corpo médico (acho que passei por uns 20) e eu finalmente descobri o que ele tinha e tomei as medidas cabíveis, pronto, acabou o problema do dia pra noite do tal choro, sabe por quê? Simples, porque eu finalmente relaxei. Sei lá, eu sabia que era uma condição complicada e que demandaria tempo e paciência, mas finalmente eu sabia o que havia de errado e aquela sensação de carregar o mundo nos ombros foi embora e finalmente percebi que eu era a principal causadora da irritabilidade do João. Ele sentia todo meu cansaço, minha ansiedade. E mesmo ainda tendo sintomas da alergia alimentar múltipla (hoje não tem mais nenhum sintoma), o choro diminuiu muitooo.

Entramos numa fase zen, de sorrisos, gargalhadas, novas descobertas.

Se o João largou do peito? NÃO. Ele é bem dependente ainda, mas tamo indo rs, já aprendi a comer direito e sei que o esforço valerá a pena, tenho fé que no seu aniversário de 1 ano a gente vá se lambuzar de brigadeiro e ele vai poder comer quantos danoninhos quiser kkkk (sim, eu vou dar danoninho, bolacha recheada, chips - tudo com moderação claro - quero criar uma criança normal). E ele já toma algumas mamadeiras, então, muito lentamente estão diminuindo as mamadas do peito hehe.

É isso. Logo venho contar dos dentinhos. Foi uma fase sofridinha pra ele, tudo dentro da normalidade, mas sofrida. Fazer o que né? Tem que passar por isso, sem dente que não pode ficar rs.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

AMAMENTAÇÃO, ATÉ QUE PONTO?

Hoje, novamente estou a cá no muro das lamentações kkkkkkk...

Desde que descobri a alergia alimentar do João, a coisa ficou caótica. Dieta, "dedetização" da cozinha, dos utensílios, etc... Fiz tudo, restringi tudo, na realidade fui até meio xiita de tão radical. O ponto é que mesmo com todos os esforços a coisa não funcionou. Se o caso fosse só o meu sacrifício, honestamente acho que estaria disposta a enfrentar, mas não adiantou. Era choro pra mamar, mamando e após mamar. Vômitos, cólicas, irritabilidade e o ganho de peso continuava caindo - resultado: fórmula especial.

Aí comentei esse fato em um grupo do face de qual participo e fui duramente criticada com comentários: "acreditamos que só a dieta estabiliza", "só ganho de peso não é importante, importa é a saúde, não peso", "bebê gordo não é sinal de saúde", "nem todos o bebês tem o biotipo pra ganhar peso sempre", "dá suplemento vitamínico que fórmula não nutre", etc.

Ok, eu fiz o comentário no grupo errado, já que era grupo voltado exclusivamente para amamentação, mas foi uma coisa que me levou a pensar. Até que ponto a amamentação deve ser levada a ferro e fogo? Olha, concordo plenamente que cada bebê é único e possui biotipo exclusivo, que bebê gordo nem sempre é saudável, que a dieta pode sim estabilizar as reações alérgicas, mas que fórmula não nutre? Aí já é demais e chega a ser um argumento ridículo.

Imaginem o que seriam das mães que por algum motivo não podem amamentar? Teriam bebês subnutridos? Ah! Não, pois é só dar suplemento vitamínico. Afff... Pelo amor, desde quando suplemento supre as carências de nutrientes? Eles servem como auxiliar aliados a uma alimentação adequada. Ok, eu poderia aliá-los a amamentação, mas até quando eu vou ter que esperar a dieta fazer efeito e ver meu filhinho sofrer e esperar ele perder peso para daí eu ter um bom motivo pra recorrer à bendita da fórmula?

Até quando vamos viver um faz de conta? Até quando, mesmo em situações como a minha, médicos, sociedade, amigos, familiares vão enfiar a marteladas na cabeça das mães que só pode dar o peito? Fazê-las se sentirem mal, fracassadas, incapazes só porque oferecem outro leite ao bebê que não o materno?

A maioria das mães oferece leite artificial para os seus filhos por algum motivo, não por um  simples capricho ou por ser muito mais fácil, o que a meu ver não é, já que preparar a mamadeira de madrugada pra mim é um saco e esterilizar então? E mesmo se fosse por pura opção da mãe, qual o problema? O filho é dela, a vida é dela e cada uma sabe de si. Opiniões são toleráveis, críticas são dispensáveis.

Ah! Mas leite materno previne alergia. Tudo bem, mas o que mais eu vou ter que cortar pra obter a estabilização, os pulsos? É melhor uma mãe fraca, doente, estressada, culpada e preocupada a uma fórmula infantil? Estou com minha consciência tranquila, pois sei que fiz o que pude, ultrapassei todos os meus limites, chorei, pedi pra Deus me mostrar onde errei, não descobri, então transferi todo meu amor para a mamadeira e ainda assim tenho certeza que terei um bebê feliz.

Leite materno é ótimo, mas não é garantia de cura de doenças e muitos bebês criados no leite em pó são muito saudáveis e se curaram de alergia igual.

Vamos nós eu, João e a mamadeira muito felizes!

domingo, 1 de junho de 2014

DESESPERO DE MÃE

Andei meio sumida nesses dias, mas tenho meus bons motivos.

O João não estava lá muito bem nos últimos dias e confesso que ando cansada, desestimulada e triste, pois nada que eu faça melhora a situação dele. Os três meses chegaram, passaram, já se foram os 4 e nada do meu bebezinho ser "normal". Chora excessivamente, tem cólicas horrendas e o refluxo, ah! Meu Deus, o refluxo!

Estou cansada de ser criticada por pessoas que só sabem me dizer que sou neurótica, que estou procurando doença do meu filho, que vou demais em médico e não entrego pra Deus meus problemas. Ora e Deus não inventou os médicos justamente pra nos ajudar?

Estou cansada da falta de apoio familiar que não entende muito bem o que estamos passando e acham que tudo é exagero, que pessoas dizendo que tem certeza que ele não tem isso ou que ele tem aquilo e me desestimulando a procurar tratamento correto e depois vem dizer: coitadinho, como chora, o que será que ele tem? Mas você não acabou de dizer que tem certeza que ele não tem isso ou que ele tem aquilo lá? 

Estou farta de pessoas vindo com as mesmas frases: mas esse aqui deu trabalho também até não sei quantos anos... Ah! Você não sabe o que eu passei... Quero que vá pro raio que o parta, pois eu realmente não sei o que você passou e sinceramente não quero saber e saiba que você também nunca vai saber o que eu passo, porque cada um é diferente. E meu filho não me dá trabalho, me dá preocupação, pois eu sou mãe e sei que bebês de 4 meses não fazem manha, ele está é desconfortável e infelizmente não sabemos por que, o que sei é que meu bebê não está nada bem e peço a Deus força a todo momento para aguentar firme e que seja o que for, algo simples ou complexo que possamos descobrir pra que ele seja tratado corretamente.

Estou de saco cheio de indicações de simpatias e benzedeiras, de pitaco sobre o que eu devo ou não fazer, como meu filho gosta de ser segurado, de como fazer ele pegar a chupeta para parar de chorar. Eu sou a mãe (com o perdão da expressão) porra, eu sei como meu filho gosta de ser segurado e que ele odeia, simplesmente odeia chupeta e se ele não para quieto em nenhuma posição é porque não está bem.

Estou cheia de pessoas olhando pra mim na rua enquanto ele chora e balançando a cabeça como se estivessem dizendo: que merda de mãe. Teve até uma (desculpa a expressão novamente) vagabunda de uma senhora que veio me perguntar o que eu estava fazendo no supermercado com o meu bebê chorando daquele jeito, que lugar de criança chorona é em casa. Fui obrigada a responder na patada, depois ainda perguntam por que o povo é tão mal educado? Senhora cretina, quando saí de casa meu filho não estava chorando e não é porque ele chora que posso parar minha vida, ninguém vai fazer o que eu preciso que seja feito por mim, deve ser alguma velha amargurada, solteirona e sem filhos, ou de certo teve uma merda de vida infeliz.

E sim, eu vou em quantos médicos forem necessários, se necessário for, vou até pra Lua, pra Plutão, afinal de contas, sou eu que tô pagano ora bolas e enquanto eu não estiver satisfeita, vou continuar indo...

Ah e eu estou sem comer fora, estou sem comer nada com leite, ovo, trigo, soja e mais algumas cositas sim e não me venha com o velho papo de "mas ah! Eu não acredito  que não existe leite fraco e se você não comer esse monte de coisas não vai ter nada pro bebê tomar". Leite fraco vai é sair da sua *&#% e tem muita opção pra substituir todas essas coisas é só querer.

Beijinhos =P


sábado, 24 de maio de 2014

DIREITOS DA GESTANTE:PRÉ PARTO, PARTO E PÓS PARTO

Hoje o post é informativo, para aquelas que não tem seu bebezinho nos braços ainda, para aquelas que pretender ter filhos ainda, ou aquelas que pretendem ter outros e desconheciam seus direitos.

Como contei no meu relato de parto, meu direito à acompanhante foi suprimido pela pressa do anestesista. Pensei muito se deveria processar o hospital, mas honestamente os meses com o João em casa foram bem cheios e não tive tempo de mexer com nada disso, mas a vontade é de processar sim, ainda mais pelo modo como as coisas aconteceram.

Gestantes, é DIREITO seu ter um acompanhante no pré-parto, parto e pós parto e saibam que o acompanhante é de livre escolha da futura mamãe, podendo ser de qualquer sexo. Enquanto gestante, fui me informar nos hospitais sobre a política de acompanhantes e fiquei besta em ver que quase todas as maternidades não permitiriam meu marido como acompanhante e em um dos hospitais, além de não permitirem acompanhante do sexo masculino, não permitiam que o acompanhante dormisse no hospital, alegando que não tinham estrutura.

Somente a maternidade em que tive o João permitia o pai como acompanhante, inclusive com cartaz bem grande na recepção citando as leis que garantiam esse direito a gestante. Só que esse hospital era minha última opção, por vários motivos, mas em vista do ocorrido, acabei optando por ele mesmo.

O pior ainda, foi ouvir da administração das demais maternidades que desconheciam a Lei. Pode isso? A Lei é de 2005 minha gente e os hospitais tinham até meados de 2006 para se adaptar. Então não adianta dizer que não tem estrutura, que não pode homem, pois outras mulheres poderiam ficar constrangidas, não tem desculpa, eles já tiveram bastante tempo para se adaptar a nova situação.

Mesmo tendo esse direito garantido, eu fui lesada nesse quesito, pois eu fiquei na maternidade para agilizar os papéis da internação enquanto meu marido vinha em casa para pegar as malas que felizmente já estavam prontas e o obstetra, um amor de pessoa disse que iria esperar, porém o anestesista foi um *&#$, estava com pressa para um compromisso pessoal e blábláblá e não aceitou esperar e foi mandando a enfermeira me levar para o centro cirúrgico sem nem mesmo eu ter assinado a papelada na recepção, pois a moça ainda estava providenciando.

Meu marido chegou pouco depois que entrei e eu perguntei se o deixariam entrar. A instrumentista disse que poderia entrar sim, mas o anestesista não permitiu a entrada, porque disse que já estava quase acabando, logo depois disso o João nasceu mesmo, mas mesmo assim acho que não deveriam ter barrado meu marido, ele tinha seu direito de ser o primeiro a pegar nosso filho. E eu não podia nem reclamar, já que eu estava nas "mãos" dele, pois qualquer complicação (e eu já tinha ouvido falar de muitas por causa da anestesia, que graças a Deus não tive) ele é quem viria em meu socorro.

A pior parte foi quando ele entrou com a filha dele no centro cirúrgico para mostrar o bebê a ela. Fiquei hiper fula naquele momento. Uma criança, sem roupa esterilizada ali vendo meu filho e a mim sendo "fechada", nos submetendo ao risco de uma contaminação por bactérias e meu marido lá fora tendo que esperar, queria sair da maca e voar no anestesista, mas me contive, só que até hoje fico frustrada quando lembro do momento do parto.

Pra que vocês não tenham a mesma frustração que eu, exijam seus direitos. A lei 11.108/2005 garante a todas as gestantes acompanhante. A Lei a que me refiro trata somente do SUS, vocês vão dizer, mas a ANS e a ANVISA já regulamentaram a mesma para que ela seja amplamente válida para convênios e operações particulares.

- Lei 11.108/2005 - garante à gestante o direito a um acompanhante de sua livre escolha no pré-parto, parto e pós-parto.

- RN 262 ANS de 1° de agosto de 2011 (no artigo 2° altera o artigo 19 da RN 211) aplicando-se o direito ao acompanhante em hospitais particulares.

- RDC n° 36 ANVISA de 3 de junho de 2008, item 9.1 garante direito ao acompanhante em hospitais conveniados.

Boa hora pra vocês futuras mamães!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O CAOS DO PRIMEIRO MÊS

Os primeiros dias do bebê são os mais difíceis, tanto pra ele, quanto pra nós, mamães e papai.

Eu sempre pensei que ia me desesperar quando viesse pra casa e ficasse sozinha com o bebê e a coisa não foi nada do jeito que eu imaginei... Neste contexto, a coisa foi bem pior kkkk.

Quando chegamos em casa eu não sabia nem o que fazer, sentei a bunda no sofá e fiquei observando aquele serzinho minúsculo no bebê conforto ao meu lado e me bateu um desespero: Meu Deus, e agora? Comecei a chorar copiosamente e me perguntar o que eu faria e me senti absolutamente incapaz de me mover... E olha que na maternidade eu fui bem ativa, fazia tudo, as enfermeiras não tiveram o mínimo trabalho com os cuidados básicos e só entraram em cena quando tinham que fazer os exames de rotina mesmo... Até pra amamentar elas me deixaram na mão.

Só que em casa, o cenário mudou, eu fiquei absolutamente desesperada. Quando me dei conta de que tinha um filho meu, que eu teria que cuidar a coisa foi ficando caótica e eu só chorava. O bebê chorava e eu danava a chorar junto kkkkkkkk. Pra exercer meu primeiro papel de mãe independente, decidi dar o primeiro banho em casa e até que eu dei banho direitinho, não fiquei com medo, nem nada.

Mas a coisa apertou mesmo na amamentação. O leite não vinha, bebê chorava, eu estava dolorida da cesárea e dormir era artigo raro nessa casa. E minha vida se resumia a dar banho, trocar fraldas, dar de mamar, por pra arrotar e ninar o nenê.

O primeiro mês foi sem tirar o pijama, o banho era de 5 minutos e olhe lá e as sonecas (quando eu conseguia tirar) eram de 30 minutos, 45 no máximo. Acreditem ou não, fui no posto de saúde dar a vacina BCG de pijama e havaianas, com o cabelo desgrenhado, mas não foi de propósito. eu estava tão, mas tão cansada que só me dei conta da situação quando já estava lá e pensa na vergonha que eu fiquei hahaha. E meu marido, mui amigo heim, nem pra me avisar kkkk.

Ir ao banheiro ou comer? Isso aparentemente se tornou supérfluo.

Até que um dia resolvi seguir o conselho de outras mães, levantei, tirei o pijama, escovei os dentes, arrumei o cabelo e me maquiei. Desde então, mesmo com todo choro, todo o cansaço e falta de sono, as coisas mudaram e eu acostumei com a nova rotina.

Hoje não sinto tanto essa mudança, especialmente com relação ao sono, por isso pessoal respirem fundo e repitam comigo: vai passar!

terça-feira, 20 de maio de 2014

MODERNIDADES

Quando começou a cair a ficha que eu iria ser mãe, a primeira imagem que me vinha a cabeça era eu amamentando um bebezinho lindo, aquela cena maravilhosa, num cenário perfeito e eu com uma cara felicíssima. Claro que essa cena nunca se reproduziu na vida real e eu apenas fiquei divagando sobre ela na remembers' land (terra das recordações).

O fato é que não há um equilíbrio entre os conceitos antigos e contemporâneos e eu moderninha que sempre pensei ser já tinha enfiado na minha cabecinha que iria fazer só o que a pediatra autorizasse, o que incluía amamentação exclusiva e muita paciência basicamente, já que hoje em dia eles são contra quase tudo e, por incrível que pareça, mesmo sendo médicos, são contra medicação, a não ser em casos extremos.

Então eu decidi que daria apenas peito... e pensava que minha vida até os 6 meses do João seria "peitando" kkkk. Que nada, basta o filho nascer que a gente muda totalmente de opinião, até porque eu já estava ficando sem peito para "peitar" kkkk. Há quem esteja convicta e decidia a não mudar de opinião, obvio, cada mãe sabe de si, mas eu fui logo tratando de me adaptar e criar o tal ponto de equilíbrio.

Pra pediatra não podia chá, remédios homeopáticos, naturais, etc... Pois é, chá, massagenzinha com óleo, remedinho caseiro, funchicórea e blábláblá... Dei tudo. Algumas coisas adiantaram, outras não, mas valeu a tentativa. Aliás, não entendo porque não pode nada, já que antigamente todas as nossas mães, avós, davam e eu nunca fiquei sabendo de nenhum bebê que morreu ou que teve problemas por causa disso. Tudo bem, tudo bem, sei que já foi provado que amamentação exclusiva é o melhor para o bebê e acho isso muito lindo e cheguei muitas vezes a me sentir uma fraca por não conseguir seguir isso a risca, mas hoje vejo que fiz o melhor que pude e obtive resultados satisfatórios na maioria das vezes, então não, não me arrependo.

E não vi nenhuma dificuldade por isso em continuar amamentando. Meu bebê sempre amou o peito, e olha que ele já tomou muita mamadeira de chazinho e até leite artificial (esse sim eu desconjuro e me arrependo imensamente de ter dado), pois o chazinho eu dei para resolver um problema existente (cólicas e gases), já o leite artificial foi por uma neura de mãe em achar que meu filho chorava de fome, problema esse que nunca existiu. E, sim, causou certa confusão de bicos, mas olha, em nenhum momento ele quis largar o peito, pelo contrário, ele procurava, as vezes pegava errado, mas logo acostumou que bico de mamadeira é bico de mamadeira e bico de peito é bico de peito, até que finalmente encontraram o vilão para a causa das cólicas e elas começaram a amenizar e não precisei mais dar mamadeira nem de chá e hoje eu finalmente amamento exclusivamente.

Bem, e o que essa mãe neurótica quis dizer com tudo isso?

Quis dizer que não existe certo ou errado e cada mãe tem um instinto. Por mais que a OMS, Ministério da Saúde, Conselho Pediátrico Nacional digam que conduta A é certa e B é errada e por mais que as pessoas deem conselhos, pitacos, quem sabe o que é melhor pra si e para o bebê é a mãe. Confie em si mesma e não se sinta incapaz se você tinha uma convicção antes e depois que efetivamente virou mãe mudou de opinião. Mães são camaleões em constante mutação para se adaptar ao que é melhor pra sua prole.

domingo, 18 de maio de 2014

O PRIMEIRO DODÓI

Que as mães tendem a ser trágicas com relação a seus filhos, isso todo mundo já sabe. E não é por que elas desejam que algo aconteça, claro que não né? É um reflexo exagerado da preocupação.

Quando descobri a gravidez do João e imaginava as dificuldades que enfrentaria com ele sempre me vinha a mente nariz escorrendo, tosse, espirro, febre, choro manhoso kkkk... Ledo engano, graças ao bom Deus que me deu um filho com uma saúde de ferro e em termos de pulmão o meu pequeno é forte. Ele tem lá suas particularidades, mas nada que fuja do que é normal, ou pelo menos comum na infância e com o tempo vamos retirando as pedras do caminho.

E como criança atípica que é, o João não teve febre, nem espirros, tosse, "ranho" (kkkk que nojo!) e sim uma porcaria de uma infeliz de uma infecção urinária que, a priori, foi assintomática. De repente ficou chorãozinho novamente, agitado, dormindo quase nada e brigando com o peito. Nem sequer me passou pela cabeça que poderia ser infecção urinária, já que ele tinha feito exame uns dias antes e não havia acusado nada.

Mesmo assim, a médica doida resolveu pedir novamente o exame. Digo médica doida, pois não curto muito ela, por ser exagerada demais, mas desta vez ponto pra ela, pois o exagero dela nos fez descobrir a razão pela crise de irritabilidade, já que a paz havia começado a reinar na nossa casa antes desse episódio fatídico. E eu achando que era um retorno das cólicas, me vi dentro de um filme de terror, onde o assassino que aparentemente estava morto, retorna para assombrar os personagens novamente. E as cólicas aqui foram verdadeiras assassinas: de noites de sono, de dias tranquilos, de bom humor de bebê, e assim vai...

E lá fomos nós cuidar do primeiro dodói do bebezinho... E a médica doida, exagerada que é, disse que por ser menininho devemos investigar, pois menininhos dificilmente tem infecções urinárias, o que pode indicar má formações do aparelho urinário. Felizmente descartamos essa possibilidade e mamãe está se martirizando até agora, perguntando-se onde foi que errou, já que outro fator pra essa "coisa" é a má higienização da genitália.

Mas voltando, fomos cuidar do primeiro dodói, antibióticos dados rigidamente nos horários marcados e lá vem o efeito colateral e como sempre, a pancinha do João é quem paga o pato: dor abdominal - consequência? Bebê urrando de dor. Falo que ele é atípico, pois o sintoma mais comum é a diarreia, só que nossa traseira continua trancada rs e dispepsia e dor abdominal estão entre os sintomas menos relatados (pela bula né, porque a pediatra disse ser comum)... Todavia, tem que dar o remédio, fazer o que? Então mamãe teve que voltar a exercitar sua paciência (que diga-se de passagem é bem pouca) e esperar mais essa fase passar.

E vamos nós esperando o primeiro dodói curar!